segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Insônia

Um lápis, uma folha. Isto é tudo o que me resta, ou seja, despejar lamúrias e tristesas. Pra quem?

Pois é... este sou eu. Olho em volta e não vejo ninguém.

Agora a pouco tinha uma barata aqui. Elas ainda vão dominar o mundo. Por isso, eu a matei... Eu morro de medo de barata.

Surto de ansiedade... mais um. Não dá pra controlar. Sexo resolve... Porra nenhuma, depois volta.

...

E o cheiro daquele lugar. Aquilo fede. Tudo alí fede. Aqui também fede. Não tudo. Só um lugar lá em baixo. É um aviário. Tem umas trinta galinhas em cada gaiola. Urgh! Aquilo fede.
Esse povo é tudo filho da puta sabe. E ainda diz que é saudável. É nojento. O pior é que no mesmo lugar eles vendem frango assado. Sabe aquelas tv's de cachorro?  Aquelas em que o coitado do frango fica cremando e girando... girando... Tem uma dessas lá. Maior fedor de bosta e o frango assando. E tem gente que ainda come aquilo. Podia enfiar um espeto daqueles no rabo daquele japonês e cremar ele naquele treco. Queria ver...

Puta frio da porra!

Não dá. Esses remédios não servem pra nada mesmo. Não faz nenhum efeito. Acho que faz o efeito placebo ao contrário. Entendeu? Um dia eu tomo um monte, só pra ver. Mas não serve.

Vou parar de culpar os outros. Parei. É sério. De reclamar também... não adianta. Sufoca, sabe? Falta ar.
Parece que é por causa das decepções. Expectativas interrompidas. Aí fudeu... Aí ataca a bronquite. Ela que disse. Eu acredito.
É foda. As vezes eu não sou ninguém e, é tão bom. E se eu ficasse em coma, sabe... Tipo umas férias. Férias de mim. Sei lá... vai saber.
Credo que barata nojenta.

Jefferson Fideles

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